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Não Lido 09/02/2009, 09:55:25   #1
andrelino
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Padrão A VIDA A 100 Mbps - Isto sim que é navegar!

A VIDA A 100 Mbps - Isto sim que é navegar!

A superbanda larga, que já está disponível no Brasil, permite entrar num mundo no qual a TV, a internet e o cinema são uma coisa só
O VELOCÍMETRO DA WEB
A ilustração mostra o tempo gasto com o download de um filme em alta definição. Em 1999, com conexão de 56 Kbps, demoraria mais de um mês. Hoje, com 100 Mbps, leva trinta minutos
Uma maravilha tecnológica ansiosamente aguardada está à disposição dos brasileiros desde o início deste ano: as conexões residenciais de superbanda larga. Dá-se esse nome a velocidades de download acima de 30 megabits por segundo (Mbps). Agora, a mais poderosa banda larga residencial oferecida no país é de 100 Mbps. Isso significa baixar um arquivo 100 vezes mais rápido do que com a conexão mais comum no Brasil, que é de 1 Mbps. A comparação é ainda mais massacrante se for feita com uma antiga conexão discada, daquelas com modem de 56 Kbps – a superbanda é simplesmente 2 000 vezes mais veloz. Dez milhões de brasileiros dispõem de banda larga. No mundo todo, são 325 milhões de assinaturas, número que triplicou desde 2003.
Por enquanto, a oferta dos 100 Mbps é restrita – e custa caro. Mas, como tudo no mundo digital, a tendência dos preços é derreter. A Oi cobra 990,90 reais mensais por esse tipo de serviço, em cinco capitais (Brasília, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre e Florianópolis). A Telefônica lançará serviço semelhante neste ano em São Paulo. A NET está realizando testes em alguns bairros paulistanos e cariocas com redes de 60 Mbps, mas que podem atingir 300 Mbps. A operadora GVT, que atua mais fortemente no Sul do país, também estuda entrar nesse mercado. "Todas as empresas estão tateando para entender como as pessoas usam essa superbanda larga em casa e decidir qual o melhor momento para investir maciçamente nesse serviço", diz Cícero Olivieri, vice-presidente de Engenharia da GVT.
Uma vantagem imediata dos 100 Mbps é permitir o acesso a filmes em alta definição na internet. Imagens em movimento são fardos pesadíssimos de bits e não funcionam bem com a banda larga de pequena capacidade. O YouTube, site especializado em vídeos, usa sozinho mais banda que a web inteira utilizava em 2000. É por isso que a velocidade das novas conexões faz diferença na casa dos brasileiros. Para especialistas, com os 100 Mbps de velocidade, teremos a fusão de duas telas: a da internet e a da TV. A superbanda facilita também a disseminação de videoconferências em alta definição, jogos on-line, além da oferta de serviços de educação e medicina a distância.
A atual rapidez das conexões está associada a aprimoramentos tecnológicos (softwares e infraestrutura) das redes de fio de cobre (empresas de telefonia) e de cabos (TVs pagas). Mas é a fibra óptica, criada no início dos anos 50, o meio mais eficaz de conduzir dados. Levada à casa dos consumidores, permite velocidade de 600 Mbps, sem perdas no trajeto – o que não ocorre com o cabo e o cobre. Mas 100 Mbps é muito? É bastante para conexões residenciais, mas insuficiente para que grandes arquivos sejam manipulados na web com a mesma destreza com que uma pessoa folheia um livro real. É por isso que ninguém duvida que ainda é necessário pisar muito mais fundo no velocímetro da ilustração acima.
CONEXÕES MAIS RÁPIDAS
No Brasil, as ligações de banda larga residenciais mais velozes vão de 30 Mbps a 100 Mbps. Abaixo, duas experiências com a internet em alta velocidade
CORTES E INTERNET
O cabeleireiro Manoel Aragão, de São Paulo, faz da banda larga de 30 Mbps uma aliada nos negócios. Os clientes, muitos deles arquitetos e fotógrafos, aproveitam a sala de espera do salão como escritório improvisado. "Também aproveito a rede para baixar filmes e me divertir", diz Aragão

Oscar Cabral
SEDE DE BANDA
O geólogo Silvio Castro mora no Leblon, no Rio, e presta serviços para empresas petrolíferas. Usa banda larga de 60 Mbps para trabalhar em casa. Ainda assim, quer mais. "Lido com muitas imagens e poderia perder um dia inteiro fazendo o download de um arquivo", diz
andrelino está offline   Responder com Quote
Não Lido 10/02/2009, 10:52:03   #2
bjcellcomp
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Padrão

Muito show!!!
Ate parece a internet que eu uso.
Rsrsrsrs...
bjcellcomp está offline   Responder com Quote
Não Lido 06/07/2009, 05:19:42   #3
andrelino
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Banda Lenta

Benito Paret*


O Brasil dispõe de um dos piores serviços de internet em banda larga do planeta. Enquanto a média mundial de velocidade é de 13 megabits por segundo (mbps), 90% dos assinantes brasileiros acessam a rede a, no máximo, 2 mbps. Assim mesmo, nos horários de pouco tráfego. Isso porque as operadoras só se obrigam, por contrato, a garantir conexão a 10% da velocidade contratada. Como a Internet é considerada um serviço de valor adicionado oferecido pelas operadoras, a Agência Nacional de Telecomunicações não fiscaliza, não supervisiona, nem regula as operações.

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) define banda larga como conexões iguais ou acima de 2 mbps. Como a maior parte dos contratos não garante além de 10% da velocidade contratada, conclui-se que para a maioria dos brasileiros banda larga é, sem trocadilho, uma "conexão virtual". Pior que isso: pagamos pela nossa velocidade de carroça mais que os países europeus e que nossos vizinhos sul americanos. Em julho do ano passado o custo médio mensal, no Brasil, era de US$ 30 por 128 quilobites por segundo (kbps). Nossos irmãos argentinos pagavam, na mesma época, US$ 27 por 512 kbps; e os chilenos US$ 34 em troca de 300 kbps.

Na abertura do evento Portugal Tecnológico em Lisboa, em novembro de 2008, ouvimos que o projeto do governo era transformar Portugal numa potência tecnológica. Para isso, o desafios era interligar 100% do país por fibras ópticas e oferecer a todas as empresas e cidadãos acesso à Internet a velocidades de 100 mbps. Achamos, no mínimo, um exagero, mesmo para um país tão pequeno como Portugal. Quando lá voltamos, em maio ultimo, 100% do país estava interligado por fibras ópticas (1% por satélite). E ouvimos que até o final do ano a Portugal Telecom teria vendido um milhão de pacotes de 20 ou 100 mbps. Os de 20, a cinquenta euros mensais. Os de 100, a! setenta.

Apenas 4,6% da população brasileira acessam os serviços de banda larga. Na Argentina, a cobertura alcança 6,6%. No Chile, 8,8%. E na Coréia do Sul, 26%. De onde se conclui que a conexão em banda larga, no Brasil, não só é ruim, como também é limitada e cara.


A maioria dos municípios brasileiros não oferece conexão dedicada à Internet. Só acesso discado. Muito menos banda larga. Por total desinteresse das operadoras locais. No Rio de Janeiro, nem os municípios da Região Metropolitana, ou sequer os bairros da Zona Oeste têm, na sua maioria, acesso a esse serviço. Pior ainda: paga-se no Rio, o acesso mais caro do Sul e Sudeste, por conta de um ICMS 20% acima dos demais estados da região.

Instalar computadores nas escolas e distribuir milhares de laptops a professores sem disponibilizar conexão em banda larga é jogar dinheiro fora. Sem conexão que permita baixar filmes, imagens e programas mais pesados, educação pela Internet não passa de ficção. Banda larga não é um luxo, nem se instala computador em escola para jogar paciência e enviar e-mail. Sem banda larga, jamais nos inseriremos na sociedade da informação.

Se há uma área em que o Estado precisa intervir para botar o Brasil em pé de igualdade com seus concorrentes é a da Internet. Essa é uma responsabilidade dos ministérios da Educação, das Telecomunicações, da Ciência e Tecnologia, dos estados e municípios. Sem uma política pública que exija universalização, qualidade e preço, o serviço de banda larga existente, deterá o desenvolvimento tecnológico do país.

Sem infraestrutura tecnológica de qualidade e barata nosso ingresso na Era do Conhecimento não passará de discurso vazio. Num mundo que se move a terabites por segundo, não serão os maiores que engolirão os menores, mas os mais rápidos que engolirão os mais lentos.

*Benito Paret é presidente do SEPRORJ - Sindicato das Empresas de Informática do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Jornal O Globo, caderno Opinião de 04/07/2009"
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O seguinte Usuário agradeceu à andrelino por essa útil mensagem:
bjcellcomp (06/07/2009)
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